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USAID: O que é, por que está no centro de uma polêmica e qual o impacto para o Brasil?

Foto do escritor: Stéphano Sant'AnaStéphano Sant'Ana

Se você acompanha notícias sobre política internacional, provavelmente já esbarrou com o nome USAID nos últimos tempos. A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development) está no centro de um dos maiores debates sobre política externa dos EUA, especialmente depois das recentes mudanças anunciadas pela administração de Donald Trump. Mas o que exatamente é a USAID, qual é o motivo da polêmica e como isso pode afetar o Brasil? Vamos explicar tudo de forma clara e direta!



USAID logo


O que é a USAID?


A USAID é a principal agência do governo dos EUA responsável por fornecer ajuda humanitária e apoio ao desenvolvimento em vários países do mundo. Fundada em 1961 pelo presidente John F. Kennedy, a agência tem como missão promover o crescimento econômico, reduzir a pobreza e fortalecer a democracia em regiões vulneráveis.


Ao longo dos anos, a USAID tem financiado projetos nas mais diversas áreas, incluindo:

  • Assistência humanitária para vítimas de desastres naturais e conflitos;

  • Programas de educação e saúde;

  • Apoio a democracias emergentes;

  • Desenvolvimento econômico e infraestrutura;

  • Iniciativas ambientais e de sustentabilidade.


Até recentemente, a USAID respondia por mais da metade de toda a assistência externa fornecida pelos Estados Unidos, movimentando bilhões de dólares em projetos pelo mundo.


O que mudou na administração Trump?


Com a gestão de Donald Trump, vieram mudanças drásticas na política de assistência externa dos EUA. Trump, que sempre criticou o alto gasto com ajuda internacional, decidiu implementar um congelamento quase total da assistência externa, reduzindo drasticamente o orçamento da USAID.


Mas a decisão mais polêmica veio com a nomeação de novos gestores que defendem a ideia de que a USAID é um "peso morto" e que os EUA deveriam redirecionar esses recursos para investir internamente. O governo Trump argumenta que a ajuda externa não tem trazido retorno econômico direto para os EUA e que muitos países que recebem esses recursos poderiam se tornar mais autossuficientes sem essa assistência.



Donald Trump, presidente dos EUA
Donald Trump, presidente dos EUA


Por que isso gerou tanta polêmica?


A decisão de cortar o financiamento da USAID e, possivelmente, extingui-la, gerou uma reação global. Muitos especialistas alertam que a retirada da ajuda dos EUA pode causar:

  • O agravamento de crises humanitárias em países dependentes dessa assistência;

  • O fortalecimento da influência de países como China e Rússia, que vêm expandindo sua presença na cooperação internacional;

  • O enfraquecimento da imagem dos EUA como líder global na promoção de direitos humanos e desenvolvimento.


Organizações humanitárias, políticos democratas e até aliados republicanos expressaram preocupação sobre o impacto dessas mudanças, especialmente em áreas de crise como África, Oriente Médio e América Latina.


Qual a relação disso com o Brasil?


O Brasil já recebeu financiamentos da USAID em várias frentes, como projetos ambientais na Amazônia e iniciativas de desenvolvimento social. Embora não seja um dos maiores beneficiários da agência, alguns setores podem sentir o impacto:

  • Amazônia e meio ambiente: A USAID financiou várias iniciativas de conservação e sustentabilidade no Brasil. O corte de recursos pode enfraquecer projetos que combatem o desmatamento e protegem comunidades indígenas.

  • Parcerias acadêmicas: Algumas universidades brasileiras têm parcerias com programas financiados pela USAID. A extinção da agência pode limitar essas oportunidades (Saiba mais aqui).

  • Influência geopolítica: Com os EUA reduzindo sua presença na cooperação internacional, países como China e Rússia podem preencher esse espaço, ampliando sua influência na região.



    Bandeira do Brasil
    Bandeira do Brasil


Conclusão


A polêmica envolvendo a USAID é muito mais do que uma simples mudança burocrática. Trata-se de um rearranjo geopolítico com impactos que vão muito além dos EUA. Se a agência for de fato desmantelada, podemos ver uma redistribuição da influência global, com novas potências emergindo na cooperação internacional.


E você, o que acha dessa mudança? Acredita que a ajuda externa é essencial ou que os países devem buscar independência financeira sem esse suporte? Conta pra gente nos comentários!


 
 
 

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